terça-feira, 16 de setembro de 2014

pregar o evangelho na Colômbia

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As condições políticas instáveis e a economia falida de Buenaventura contribuíram para que a cidade se tornasse um lugar de grande derramamento de sangue e tráfico de drogas. A localização privilegiada da cidade portuária fez dela um centro para o comércio de drogas na rua e movimenta cerca de 250 toneladas de cocaína por ano através dos canais, em grande parte lanchas com destino à Costa Rica e Panamá.

Devido a brigas constantes entre quatro grupos armados ilegais que buscam o controle sobre Buenaventura, a violência aumenta quando jovens, com pouco policiamento iniciam atividades criminosas, sem respeito algum pela vida humana. A cidade é um lar invadido pela violência, onde crianças são sequestradas, assassinadas brutalmente e usadas como moeda de troca.

Entre aqueles que lutam pela sobrevivência em Buenaventura, 23 pastores perderam sua vida e muitas congregações foram destruídas. Mesmo assim, enquanto a maioria dos pastores foi forçada a sair de Buenaventura por causa do medo ou a ameaças, alguns escolheram ficar. Diante de uma enorme pressão, os pastores que permaneceram continuam resistindo à batalha e oposição dos membros da guerrilha.

Durante um encontro com a Portas Abertas, estes pastores compartilharam suas histórias de perseguição e como eles continuam a pregar o evangelho de Jesus Cristo com os membros da guerrilha.

O Pastor Hernando Parra*, que vive em uma região famosa pela violência das quadrilhas criminosas, escolheu alcançar os próprios indivíduos que aterrorizam a cidade e viu nisso uma grande oportunidade de falar de Cristo. Com uma equipe de jovens cristãos, Parra obteve permissão para entrar na área, uma vez por semana, e ministrar aos membros das gangues locais, que estão com problemas. A equipe trabalhou em Buenaventura, até dezembro de 2013, quando foi informada por membros de um grupo armado ilegal que não poderia mais continuar pregando ali.

Outro pastor resistiu a um membro da guerrilha ‘cara-a-cara’, quando forçado a deixar sua casa e sua congregação. O homem ameaçou extorqui-lo, mas o pastor agiu com firmeza. Apesar das ameaças, o membro da guerrilha finalmente o deixou e não mais retornou.

Porém alguns pastores não são tão corajosos. Muitos, agarrados ao medo, não estão dispostos a quebrar o silêncio depois de verem mortes horríveis de cristãos que escolheram falar. A Portas Abertas soube o destino dos fiéis cristãos de Buenaventura que optaram por resistir aos guerrilheiros. Cristãos que se atreveram a denunciar a violência e as atividades dos senhores da guerra foram punidos ou arrastados para especializadas “casas de assassinato”, ou "casas de pique", e brutalmente executados como exemplos.

Após atos implacáveis de violência, sequestros e chantagens, os pastores estão vendo suas congregações deslocadas e dispersas. Ameaças de morte, extorsão e assassinatos permanecem enquanto os guerrilheiros intensificam suas táticas de perseguição. Muitos cristãos estão fugindo de Buenaventura.

Pelo fato da situação ter se tornado crônica, é grande a ruptura da unidade familiar, a falta de bons empregos e deterioração do sistema de ensino. A economia da cidade também está falida. Muitos jovens que agora lutam ao lado dos membros da guerrilha cresceram ao lado de irmãos e irmãs cristãos, que agora estão fugindo da região.

Diante da perseguição e da violência, pastores em Buenaventura estão se reunindo de forma consistente para orar e jejuar. A Portas Abertas teve oportunidade de facilitar um evento permitindo que o presidente do Conselho Evangélico da Colômbia viajasse para a cidade para falar com os pastores locais, mostrando-lhes que eles não estão esquecidos. Através da oração e jejum, eles têm visto a poderosa mão de Deus em ação.
*Nome alterado por questão de segurança.
Pedidos de oração
  • Interceda pelo trabalho de Deus em Buenaventura, Colômbia, e pela segurança dos pastores e membros. 
  • Ore para que a igreja na Colômbia seja fortalecida e cada dia mais efetiva na pregação do evangelho de Jesus Cristo.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoGabriel Souza

Estado Islâmico

Rita Habib foi sequestrada pelo Estado Islâmico, em Nínive, durante um ataque em agosto. Após fugir uma vez, a jovem voltou para a cidade de Qaraqosh apenas para resgatar seu pai, que é cego. Mas, antes que ela pudesse fazer isso, foi sequestrada.
O pai de Rita foi um dos últimos a sair de Qaraqosh, aguardando sua filha voltar. Mas em determinado momento, ele teve de fugir para uma área mais segura ao norte. Agora, ele passa os dias chorando, perguntando-se sobre o destino de sua filha.

Rita está agora entre as muitas meninas levadas como escravas pelo Estado Islâmico. Uma menina yazidi* que conseguiu escapar, contou sobre o terrível destino dessas meninas sequestradas. Ela contou que elas foram separadas em salas diferentes, de acordo com a sua idade e estado civil. Todos os dias, três meninas são escolhidas para serem abusadas sexualmente pelo líder do grupo. Depois disso, elas são vendidas para quem está disposto a pagar por elas.
Ore por essa situação! Mantenha a Igreja viva no Iraque .
*Comunidade étnico-religiosa curda.
FontePortas Abertas Internacional
TraduçãoAna Luíza Vastag