por: colunista
PR.Douglas Baptista
Em linhas gerais preconceito é um juízo pré-concebido. E, quase sempre se manifesta numa atitude discriminatória do ser em relação à cor, raça, credo, gênero, classe social ou orientação sexual de semelhante. Já a intolerância é definida como atitude que se caracteriza pela falta de habilidade ou vontade das pessoas em reconhecer e respeitar estas diferenças.
Quando estes conceitos são descontextualizados e avaliados sem uma séria reflexão, quase todo comportamento poderá ser classificado como preconceituoso. As normas sociais, por exemplo, podem ser consideradas discriminatórias dependendo do ponto de vista.
As normas sociais são classificadas como descritivas e injuntivas. As descritivas indicam como as pessoas devem se comportar numa determinada situação. As injuntivas compreendem as ações que são aprovadas ou reprovadas em uma cultura, pela legislação em vigor ou contexto social.
No Congresso Nacional sediado em Brasília, não é permitido entrar de bermudas e chinelos. Não se trata de discriminação é apenas uma norma descritiva. Andar desnudo em via pública é ação reprovada e enquadrada como atentado ao pudor. Não é preconceito e sim uma norma injuntiva.
No entanto, no Estado Democrático de Direito Brasileiro, estes conceitos são confundidos e deturpados. Os que se consideram tolhidos no exercício de suas liberdades classificam estas e demais normas como preconceituosas.
Recentemente, no dia 2 de outubro, na Universidade de Brasília (UNB) em uma atividade do curso de licenciatura em dança, um aluno do Insituto Federal de Brasília (IFB) decidiu andar desnudo pelos corredores da Instituição.
Ao ser interpelado pelos seguranças o estudante resolveu fazer um "barraco". Quando os servidores tentaram retirá-lo do local, o "ator" jogou-se no chão e numa total falta de integridade moral passou a gritar "estupro, estupro". Com a encenação, algumas pessoas sairam em defesa do desnudo e classificaram a ação dos funicionários como preconceituosa.
É verdade que o preconceito está presente na sociedade, bem como a discriminação e a intolerância. São fatos que não se pode negar. O comportamento preconceituoso é atitude reprovável, anti-ética e anti-cristã. Algo que não se pode admitir e que deve ser combatido.
Porém é necessário separar o joio do trigo. Algumas pessoas, intencionalmente, descumprem as normas sociais e querem impor seus ideais e modo de viver sobre os demais. Estes, quando questionados ou coibidos de infringir as regras posam de vítimas do preconceito. Deste modo a expressão preconceito foi banalizada por alguns grupos e vem sendo usada erroneamente como forma de ataque a moral, aos valores e aos bons costumes.